Polícia Federal investiga supostas fraudes no INSS em Ponta Grossa

A Polícia Federal investiga um suposto esquema de fraudes na concessão de aposentadorias pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Paraná. Segundo a PF, o esquema envolvia a participação de médicos assistentes na fraude para concessão do benefício. De acordo com as investigações pelo menos 70 benefícios por incapacidade temporária teriam sido concedidos indevidamente.
Nesta quinta-feira (12), as equipes cumpriram três mandatos de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais de envolvidos em Curitiba e Ponta Grossa, nos Campos Gerais. As ordens judiciais foram emitidas pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa.
A investigação tem o apoio do setor de inteligência da Previdência Social e foi iniciada após a prisão de um despachante que cometia estelionato ao oferecer “aposentadorias” fraudulentas do INSS.
O esquema contava com a participação de médicos assistentes, uma suposta advogada e um comerciante que fornecia o local para reuniões e cobrança de valores. Esses profissionais negociavam a emissão de atestados médicos falsos, sem consulta ou avaliação adequada, com a finalidade de obter o benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).
Uma investigação, conduzida pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), revelou que o esquema dependia de médicos assistentes, uma suposta advogada e um comerciante que facilitava as reuniões com os interessados e as cobranças. Os crimes forneciam atestados médicos falsificados, sem a devida avaliação, com o objetivo de garantir o benefício por incapacidade temporária.
Os envolvidos podem ser responsabilizados por crimes de estelionato, nos termos dos artigos 171 e 288 do Código Penal, além de responderem por organização criminosa.