Melhor merenda do Paraná é de Prudentópolis: charuto de arroz cozido em caldo de feijão

Charuto recheado com arroz cozido em caldo de feijão, pão de talos e folhas, maionese de batata-doce e feijoada poveira. Feitos com ingredientes variados, com produtos da agricultura familiar, esses foram os pratos premiados no concurso Melhor Merenda do Paraná, iniciativa inédita no Estado, promovida pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) e o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar).
O anúncio das vencedoras, escolhidas entre 32 finalistas, foi feito nesta segunda-feira (18) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, que recebeu as merendeiras para um almoço no Palácio Iguaçu. Ao todo, foram 524 receitas inscritas e, entre estas, 100 foram selecionadas para compor um livro exclusivo assinado pela chef Manu Buffara. Jurada do concurso, a paranaense foi reconhecida recentemente como uma das melhores chefs do mundo pelo prêmio The Best Chef Awards, e também participou de uma roda de conversa com as finalistas nesta segunda.
O governador destacou que o concurso busca valorizar o trabalho das merendeiras e merendeiros das escolas da rede estadual de ensino, além dos alimentos regionais e as tradições culinárias paranaenses.
“A gestão de segurança alimentar talvez seja a parte mais importante na cadeia da educação, porque se um aluno tiver com fome, ele não vai aprender porque não vai conseguir se concentrar”, disse. “Investir na alimentação escolar foi uma estratégia que buscamos para melhorar a aprendizagem, o que ajudou o Paraná a alcançar o posto de melhor educação do Brasil”.
“Por isso, o trabalho das merendeiras e merendeiros é tão importante, porque é feito com amor. Sempre que tenho a oportunidade de conversar com essas profissionais, eu ouço elas dizendo que cozinham como se fosse para seu filho, sua família”, ressaltou Ratinho Junior. “Elas cozinham uma comida de qualidade, com alimentos de verdade e que dá sustança para os nossos alunos aprenderem”.
O Fundepar distribui cerca de 38 mil toneladas de comida por ano às escolas estaduais, incluindo proteína animal servida diariamente, além de alimentos in natura que são adquiridos diretamente das cooperativas da agricultura familiar, em um movimento que beneficia cerca de 18 mil produtores rurais. O investimento ultrapassa R$ 500 milhões.
“Temos mais de 5 mil mulheres e homens que se dedicam para cozinhar uma merenda de qualidade para os nossos estudantes. Esse trabalho é essencial para a qualidade da aprendizagem, porque são refeições feitas com muito amor, carinho e cuidado”, salientou o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “A alimentação escolar é fundamental, porque ninguém aprende de barriga vazia e nem se motiva a estudar se tiver que comer a mesma coisa todo dia”.