Fazenda Escola da UEPG conquista selo ouro em boas práticas na produção do leite

Márcia, Alícia, Luíza e Amy. Elas, e todas as vacas da Fazenda Escola Capão da Onça da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Fescon-UEPG) estão felizes com a conquista do Certificado de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) nível ouro do Pool Leite, recebido na última semana. O órgão certificador, que é uma grande captadora de leite da região dos Campos Gerais que recebe produtos de várias cooperativas, possui um elevado padrão de exigência em termos de qualidade.

Para o coordenador da Fescon-UEPG, professor Orcial Bortolotto, essa certificação é fruto de um trabalho em equipe que envolve os colaboradores da agricultura, pecuária, professores e alunos que atuam diretamente nos cuidados com a fazenda, além da gestão da UEPG como um todo, que sempre apoia as decisões e busca avanços e melhorias constantemente. “O mais importante é que hoje temos uma equipe muito motivada, que é o combustível do dia a dia. Todos têm interesse e querem fazer sempre mais. E isso (a certificação) é apenas reflexo de tudo que foi construído e trabalhado até o momento”, destaca.

De acordo com a professora de Zootecnia Adriana Souza Martins, que atua diretamente com pesquisas sobre a produção leiteira, o esforço para manter o selo ouro para o próximo ano será imprescindível e o trabalho em conjunto é fundamental. “É importante também para os alunos, já que temos na Fazenda Escola, no setor bovino de leite, alunos de graduação, iniciação científica e pós-graduação. Eles realizam trabalhos e pesquisas e por isso é relevante a Fescon estar 100% em conformidade com a certificação de boas práticas agropecuárias. Isso nos dá uma certeza, uma segurança, de estar trabalhando em um ambiente que realmente atende todas as condições sanitárias, nutricionais, de manejo que são necessárias para poder realmente manter um rebanho saudável, com uma produção de leite de qualidade”, completa.

Responsável direito pelo trato com os animais, a médica veterinária Telise Roberta da Silva explica quais os critérios. Segundo ela, a certificação avalia se as propriedades rurais adotam procedimentos padronizados e seguros voltados ao bem-estar animal, à qualidade do leite, à sustentabilidade ambiental, à saúde dos trabalhadores e à gestão eficiente da propriedade, ou seja, o selo ouro representa a excelência na produção leiteira, que garante um alimento seguro e de qualidade. “Não é só uma certificação, mas esse reflexo de uma equipe alinhada e comprometida. Esse selo pra nós é reconhecimento de um trabalho diário e contínuo em todas as áreas — da qualidade do leite ao bem-estar animal, da gestão ambiental à capacitação da equipe. Ainda, a conquista posiciona a Fescon como referência em boas práticas agropecuárias na região, fortalecendo seu papel na contribuição para a formação de futuros profissionais”, finaliza.

Além da equipe técnica, os benefícios para a Márcia, Alícia, Luíza, Amy, entre outras, contam com a contribuição de Roseno Siebre, chefe da divisão de produção animal; Éder Oliveira, gerente de pecuária; Thaís Calheiros, Mayara Oliveira e Lucas Lunardon, ordenhadoras (es); Assis Queiroz, Emerson Diogo Machado, Marcio Rodrigues e José Moreira, funcionário da pecuária; Edimar Campanucci, agente administrativo, Hélio de Oliveira Santos e Moacir Antônio Ribeiro, funcionários da agricultura e plantonistas na pecuária; e Jefferson Pinheiro de Lara, chefe de produção e armazenamento.