Análise: Gestão em Ponta Grossa completa primeiros 100 dias com problemas e polêmicas

Os primeiros 100 dias do segundo mandato da prefeita Elizabeth Schmidt (União) à frente da Prefeitura de Ponta Grossa foram marcados por uma série de eventos que geraram debates e preocupações na população. Entre os episódios mais notáveis estão a tentativa frustrada de aumento salarial para a prefeita e seus secretários, o encerramento das operações da Azul Linhas Aéreas no Aeroporto Santana, os problemas no abastecimento de água enquanto a prefeita viajava às escondidas e ações judiciais relacionadas à cobrança indevida por obras de asfalto nos bairros.
Uma das primeiras ações que chamaram a atenção foi a tentativa da prefeita e dos secretários de aumentarem seus próprios salários. Essa iniciativa gerou críticas de diversos setores da sociedade, que consideraram o momento inoportuno, dada a situação crítica que vive o país e a própria cidade, que precisa de investimentos em áreas essenciais para a população.
Em fevereiro de 2025, a Azul Linhas Aéreas anunciou o fim de suas operações no Aeroporto Santana. A companhia justificou a decisão devido ao aumento dos custos operacionais, impactados pela alta do dólar e pela crise global na cadeia de suprimentos. No entanto, outros problemas relacionados à gestão do aeroporto municipal tiveram peso na decisão da empresa, que afeta diretamente o setor empresarial e o turismo de Ponta Grossa.
Falta de água
Moradores de diversas regiões de Ponta Grossa relataram frequentes interrupções no abastecimento de água, afetando atividades cotidianas e gerando desconforto. A falta de uma solução eficaz para esse problema levantou questionamentos sobre a gestão dos recursos hídricos e a infraestrutura básica da cidade. E enquanto a população sofria sem abastecimento de água para necessidades básicas, a prefeita viajava para Lençóis Maranhenses, gerando especulações sobre a finalidade e a legalidade da viagem. A ausência de detalhes e explicações sobre a viagem, alimentou críticas sobre a falta de prestação de contas e transparência para com a população.
Outro acontecimento polêmico que marcou o início de ano da gestão foi a enxurrada de ações judiciais motivada pela cobrança indevida de obras de asfalto nos bairros. Moradores contestaram taxas aplicadas para obras que, segundo eles, não teriam sido comunicados previamente sobre a cobrança. Em alguns casos os boletos de cobrança chegaram a R$ 20 mil.
Diante de todas essas questões, os primeiros 100 dias do segundo mandato da prefeita Elizabeth Schmidt evidenciaram desafios significativos para a administração municipal. A população espera que medidas sejam adotadas para restaurar a confiança pública, garantindo transparência, eficiência e compromisso com as verdadeiras necessidades da comunidade.