Análise: Eleições em Ponta Grossa – o peso das narrativas e a verdade nos bastidores

Faltando apenas uma semana para a eleição em Ponta Grossa, o debate político ganha intensidade, com a disputa entre as candidatas Mabel e Elizabeth. Uma questão que tem circulado entre os eleitores, desde o início da campanha, é a suposta associação de Mabel ao Partido dos Trabalhadores (PT), algo que muitos enxergam como um apoio velado. Contudo, ironicamente, quem parece estar mais próxima dos quadros da esquerda é Elizabeth, a atual prefeita, que abriga diversos membros desse espectro político em cargos comissionados na prefeitura.
Essa aparente contradição traz à tona uma reflexão importante: o quanto as percepções e discursos políticos podem distorcer a realidade para influenciar o voto. No cenário local, é comum que candidatos se descolem de certos partidos ou ideologias para evitar desgaste, especialmente quando o adversário tenta explorar essas associações.
Isso coloca o eleitor de Ponta Grossa diante de um dilema interessante: é mais importante o discurso de campanha ou os atos efetivos durante o mandato? Enquanto Mabel é alvo de especulações sobre uma possível proximidade com o PT, Elizabeth, na prática, já mantém um relacionamento com a esquerda do deputado Aliel, o que não é necessariamente algo negativo, mas que precisa ser avaliado com clareza e transparência.
No fim das contas, o que está em jogo é o futuro da cidade. As alianças partidárias e as relações com diferentes setores políticos são inevitáveis em qualquer administração, mas é crucial que o eleitor consiga enxergar além das narrativas superficiais e baseie sua escolha nas propostas concretas e no histórico de cada candidata. Com isso, a decisão de quem merece governar Ponta Grossa deve ser pautada em um olhar crítico, observando tanto as palavras quanto as ações.