Paraná tem maior crescimento industrial do Brasil em março, 5 vezes acima da média nacional


O Paraná registrou um aumento de 15,1% no volume de produção industrial em março deste ano em comparação com o mesmo mês de 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (14). O desempenho foi o maior entre os estados e ficou muito acima da média nacional, que teve crescimento de apenas 3,1% no mesmo período.

Os dados se referem à Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional do IBGE. O recorte entre março de 2025 e março de 2024 é especialmente relevante para a análise do desempenho da indústria, pois considera dois períodos equivalentes em termos de sazonalidade. Ele elimina distorções típicas do início de ano, como férias coletivas, permitindo uma avaliação mais precisa e confiável da trajetória do setor.

Depois do Paraná, Santa Catarina teve o maior aumento no comparativo mensal entre os últimos meses de março, com alta de 9,3%. Na sequência, aparecem o Pará (9,1%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Bahia (3,9%). Em contrapartida, Pernambuco registrou a maior retração do País, de 22,6%, com quedas expressivas também no Rio Grande do Norte (-19,1%) e Maranhão (-10,5%).

No Paraná, o maior destaque foi o segmento de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, cuja produção foi 52,7% superior à registrada em março de 2024. Essa cadeia tem peso estratégico porque fornece insumos essenciais a outros setores industriais, funcionando como termômetro da atividade econômica.

Outros segmentos que apresentaram forte desempenho foram produtos químicos (45,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (34,1%), máquinas e equipamentos (18,8%), produtos de metal (10,8%), madeira (9,5%) e veículos automotores (8,8%).

Diferentemente da maioria dos demais estados, cuja produção industrial depende, em maior ou menor grau, de atividades extrativas, como a mineração e o petróleo, o Paraná tem sua base produtiva voltada para a indústria de transformação. Essa estratégia amplia o valor agregado dos produtos fabricados no Estado, estimula a inovação tecnológica e gera empregos mais qualificados, além de tornar o setor mais resiliente a choques externos e flutuações do mercado internacional.

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