Análise: “Inferno Astral” – Elizabeth inicia nova gestão com decisões controversas e velhos problemas


A administração da prefeita Elizabeth Schmidt, em Ponta Grossa, tem enfrentado grandes críticas devido a decisões que parecem não priorizar os interesses da população. Um exemplo claro é o recente aumento salarial, aprovado para a prefeita, vice-prefeito e secretários municipais. Em dezembro de 2024, a Câmara Municipal aprovou um reajuste de 56% no salário da prefeita, elevando-o de R$ 20.486,81 para R$ 32 mil. Os secretários municipais também tiveram seus vencimentos majorados, passando de R$ 10.998,34 para R$ 22 mil.

Em janeiro de 2025, a Justiça suspendeu esses aumentos, acolhendo uma ação popular que questionava a legalidade e moralidade dos reajustes. A prefeitura entrou com recurso para derrubar a liminar, mas foi derrotada também em segunda instáncia.

Enquanto a administração municipal discutia aumento de salário, problemas graves da cidade foram se aprofundando e gerando um desgaste ainda maior. Um exemplo foi o recente anuncio da Azul Linhas Aéreas suspendendo os voos comerciais no Aeroporto Sant’Ana. A empresa justificou a decisão como parte de um ajuste de oferta e demanda, mas a falta de articulação do Município para manter essa importante conexão aérea evidencia uma falha na gestão. Vale lembrar que Ponta Grossa foi a única cidade do Paraná a ter as operações canceladas pela empresa.

A cobrança de taxas de asfalto, contestada na justiça, é outro ponto que demonstra a desconexão da administração com as reais necessidades da população. A questão virou notícia em rede estadual de TV, e até agora mais de cem famílias que levaram a questão aos tribunais já tiveram ganho de causa.

Além disso, questões fundamentais como a distribuição de uniformes escolares para as crianças no início do ano letivo foram deixadas de lado, prejudicando diretamente os estudantes e suas famílias. O problema da falta dos uniformes já havia sido levantado durante a campanha eleitoral em 2024, mas foi negado à epoca pela então candidata.

Em suma, a gestão da prefeita não tem priorizado, pelo menos até o momento, a resolução de problemas que afetam diretamente os cidadãos de Ponta Grossa. É imperativo que a administração municipal redirecione seus esforços para atender às demandas da comunidade, priorizando o bem-estar coletivo acima de interesses particulares e políticos.

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