Análise: Duas canoas e uma boia – Como o PT vai navegar em Ponta Grossa

Ponta Grossa, um dos redutos mais conservadores do sul do Brasil, enfrenta uma nova e intrigante dinâmica política. Há indícios de que o PT, em uma jogada estratégica ousada, estaria apostando em duas candidaturas de esquerda para desafiar a hegemonia da direita na cidade. Com o apoio de Lula e Gleisi Hoffmann, Mabel Canto e Aliel Machado seriam as esperanças do partido para alcançar o segundo turno das eleições.

Conhecida pelas intensas manifestações bolsonaristas, Ponta Grossa se tornou um alvo estratégico para o PT. Considerando esta hipótese, a decisão de lançar duas candidaturas visa diversificar as chances e garantir a presença no segundo turno. Essa estratégia incluiu uma cuidadosa aproximação com a prefeita Elizabeth Schmidt nos últimos anos. Aliel Machado, ao indicar o secretário de esportes e receber apoio estrutural da prefeitura, criou uma falsa expectativa de que não seria candidato, o que acabou frustrando a prefeita.

Caso se confirme, a articulação demonstra a habilidade do PT em navegar pelas águas políticas turbulentas. Com o respaldo de Lula e Gleisi Hoffmann, o partido mostra que está determinado a disputar seriamente em Ponta Grossa, uma cidade crucial para desafiar a influência bolsonarista no Paraná.

Para quem acreditava que o PT enfrentaria dificuldades no Paraná, fica o recado: o partido não brinca em serviço. Canoas e boias eles têm em todo o Brasil, prontos para qualquer desafio.

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